SIPARUNACEAE

Siparuna bifida (Poepp. & Endl.) A.DC.

LC

EOO:

4.665.903,289 Km2

AOO:

76,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Peixoto, 2012); em terras baixas atingindo no máximo 1100m de altitude (Renner; Hausner, G., 2005).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Massimo Giuseppe Bovini
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Com ampla EOO, ocorrendo em Unidades de Conservação e não sendo endêmica do Brasil, não está ameaçada, mas a espécie coletada em Belém, pode ser de determinação duvidosa, pois está muito distante de sua faixa de ocorrência e não foi identificada pelo especialista. Pode diminuir muito seu EOO.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Prodr. 16(2): 652. 1868. Espécie caracterizada por apresentar inflorescências geralmente bifidas, frutos com recpetáculo curto-tuberculado, folhas elípticas a lanceoladas com nervuras secundárias inconspícuas e flohas adultas subglabras; morfologicamente, as espécies mais próximas são S. krukovii e S. reginae, espécie monóicas, e S. cervicornis, espécie dióica. Nomes populares: "Caá-pitiú" e "Capitiú da mata" (Renner; Hausner, 2005); quando estéril é comumente identificada como S. guianensis, o que atrapalha uma boaavaliação da espécie (Peixoto, com. pessoal).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Em estudo fitossociológico do componente arbóreo, na RPPN Mata do Jambreiro, município de Nova Lima, estado de Minas Gerais, apresentou 1 indivíduo em três áreas amostrais de 150m de comprimento cada (Versieux et al., 2011).

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila densa e floresta estacional semidecidual (Peixoto, 2009); em florestas primárias e secundárias, geralmente ao longo de margens de córregos (Renner; Hausner, 2005).
Habitats: 1 Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 3 Shrubland, 3.5 Subtropical/Tropical Dry, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Caracteriza-se por arbustos ou arvoretas, raramente árvores, podendo atingir de 2-11(-20)m de altura; dióicas (Renner; Hausner, G., 2005); terrícolas (Peixoto, 2012); floresce em Outubro e frutifica em Março (Pereira-Moura, 2002).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
O modelo tradicional da ocupação da Amazônia tem levado a um aumento significativo do desmatamento na Amazônia legal, sendo este um fenômeno de natureza bastante complexa, que não pode ser atribuído a um único fator. As questões mais urgentes em termos da conservação e uso dos recursos naturais da Amazônia dizem respeito à perda em grande escala de funções críticas da Amazônia frente ao avanço do desmatamento ligado às políticas de desenvolvimento na região, tais como especulação de terra ao longo das estradas, crescimento das cidades, aumento dramático da pecuária bovina, exploração madeireira e agricultura familiar (mais recentemente a agricultura mecanizada), principalmente ligada ao cultivo da soja e algodão. Esse aumento das atividades econômicas em larga escala sobre os recursos da Amazônia legal brasileira tem aumentado drasticamente a taxa de desmatamento que, no período de 2002 e 2003, foi de 23.750 km2, a segunda maior taxa já registrada nessa região, superada somente pela marca histórica de 29.059 km2 desmatados em 1995. A situação é tão crítica que, recentemente, o governo brasileiro criou um Grupo Interministerial a fim de combater o desmatamento e apontar soluções de como minimizar seus efeitos na Amazônia legal (Ferreira et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanusKunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf,Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, osquais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço,seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça deextinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismopredatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porqueexiste pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pelaespeculação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar florestaem área agrícola (Simões; Lino, 2003).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Extinta (EX) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4.3 Management
Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Estadual do Rio Doce, no estado de Minas Gerais; Reserva Florestal Companhia Vale do Rio Doce, no Espírito Santo; Reserva Ecológica do Humaitá, no Acre; Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso (CNCFlora, 2012).